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Qualidade de vida e lazer

Atualizado: 24 de mar. de 2020

Considerando a perspectiva da promoção de saúde, uma das linhas mais investigadas recentemente é do papel do prazer e das atividades de lazer na promoção do bem-estar (Pondé & Caroso, 2003).


Quando surgiu a concepção mais clara do que é lazer? Acredita-se que, com o advento da industrialização, ocorreu a separação de espaço para lazer e para o trabalho (Aguiar, 2000). Segundo a autora, o lazer teria 3 principais funções: descanso (físico e mental), divertimento (rompimento com regras e pressões) e desenvolvimento pessoal (crescimento pessoal e social).


Há diversos estudos que identificaram uma associação positiva entre lazer e satisfação com a vida e qualidade de vida; inclusive, em escalas de qualidade de vida, o lazer está incluído em fatores como tempo livre e divertimento (Baker & Intagliata, 1982, citado por Pondé & Caroso, 2003).


Há 4 elementos conhecidos como amortecedores do estresse: lazer, sensação de ter objetivos, sensação de competência e exercício físico; sendo que esses 3 últimos também podem ser obtidos pelo lazer (Wheeler & Frank, 1988, citado por Pondé & Caroso, 2003). Ademais, pesquisas destacam especialmente os efeitos positivos de lazer sociabilizante (com contato social) e o lazer que é percebido por "liberdade" (Caltabiano, 1995, citado por Pondé & Caroso, 2003).


No entanto, de acordo com Pondé e Caroso (2003), destaca-se que muitos dos estudos apresentam limitações por verem a saúde mental como individual e não levarem em consideração o caráter social e cultural que estão implicados. Assim sendo, o lazer pode tornar-se um fator de risco para saúde mental em certos contextos socioeconômicos.


Por fim, o carnaval, festas, atividades físicas em grupo, entre outras atividades, podem ser benéficos para aliviar estresse e contribuir para nossa saúde mental! Mas, deve-se atentar ao contexto e, claro, nem todo tipo de lazer é prazeroso para todos, cabe a cada um descobrir o que faz bem para si.


Referências

Pondé, M. P. & Caroso, C. (2003). Lazer como fator de proteção da saúde mental. Revista Ciências Médicas, Campinas, 12(2),163-172.

Aguiar, M. F. (2000). Lazer e produtividade no trabalho. Turismo em Análise, São Paulo, 11(2), 111-124.

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